O desaparecimento de vídeos da página do Instituto Nacional de Educação para Surdos (Ines) provocou polêmica nas redes sociais.

Na terça-feira (29) a coluna do jornalista Ancelmo Gois, no jornal O Globo, revelou que o instituto retirou do ar vídeos em Libras sobre a história de personagens como Karl Marx, Friedrich Engels, Antonio Gramsci, Friedrich Nietzsche e a filósofa brasileira Marilena Chauí, após o início da gestão do novo ministro, Ricardo Vélez Rodriguez.

O MEC respondeu na noite de quarta (30), em uma nota publicada na página oficial do Ministério no Facebook e replicada no Twitter pelo atual ministro. De acordo com o ministério, uma sindicância foi aberta pelo Ines para apurar a retirada dos conteúdos e apontar as devidas responsabilidades.

A instituição afirma ainda que os vídeos foram removidos em abril e novembro de 2018, nos mandatos dos ex-ministros Mendonça Filho e Rossieli Soares. “A diretoria do Ines também tomou a decisão de reinserir no site os vídeos que já foram apagados”, diz a nota. O ministério afirma que a notícia sobre a retirada dos conteúdos é “tanto falsa quanto maldosa”, disse.

“O ministro da Educação sempre ensinou e defendeu a pluralidade e o debate de ideias, recusando-se a adotar métodos de manipulação de informação, desaparecimento de pessoas e objetos, que eram próprios de organizações como a KGB, o serviço secreto do governo comunista na antiga União Soviética, que na década de 1960, quando de sua fuga do Brasil para a Rússia, protegeu e forneceu identidade falsa para o colunista de O Globo”, declara a nota, concluindo que Gois foi “treinado em marxismo e leninismo pela escola de jovens quadros do Partido Comunista Soviético”. O MEC ainda chegou a sugerir que Gois fosse um agente da KGB. Foto: Divulgação