Moradores da cidade de Cruz das Almas, no recôncavo baiano, registraram imagens de uma “guerra de espada”, prática comum no período junino apesar de proibida desde 2011, ocorrida na noite de sábado (19), no bairro Suzana. Outro ponto de encontro para a “brincadeira” foi flagrado no bairro da Coplan, durante a noite deste último domingo (20), que, segundo os moradores, teve início à luz do dia.

As imagens circularam pelas redes sociais e mostram o grupo, em sua maioria formada por jovens, aglomerado pelas ruas e grande parte das pessoas não usava máscaras e outras medidas recomendadas para evitar a proliferação da Covid-19. Com medo de ter os imóveis atingidos pelas espadas, alguns moradores do bairro Tabela colocaram tapumes nas portas e janelas para evitar prejuízos.

Em 2003 foi instituído o Estatuto do Desarmamento e a proibição da guerra de espadas se baseou no Artigo 16, que trata da posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Desde então, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) acompanha a situação da guerra de espadas. Já em 2011, a Justiça proibiu a guerra de espadas em Cruz das Almas. O MP-BA estadual expediu recomendações com restrições sobre as espadas.

As cidades que recebem mais atenção são Cruz das Almas, Senhor do Bonfim, Santo Antônio de Jesus, Sapeaçu, Muritiba, Cachoeira, Nazaré das Farinhas, Muniz Ferreira, São Felipe, São Félix, Castro Alves e Campo Formoso. Nestes lugares, a cultura da guerra de espadas é muito forte. G1