O presidente Temer disse na segunda (29) que o governo estuda a criação de uma Força Nacional que esteja à disposição dos Estados para contenção de crises na segurança, como a que atingiu o Ceará neste fim de semana. Apesar disso, o presidente procurou rechaçar a responsabilidade da União pela segurança pública nos Estados.

 

“Voltamos nossos olhos à segurança pública, mas sem invadir a competência dos Estados”, disse. A afirmação de Temer faz referência à chacina que matou 14 pessoas em Fortaleza, no Ceará, no Sábado (27). Por causa do episódio, o governador do Estado, Camilo Santana (PT), disse que o Ceará não fabrica armas pesadas e drogas.

 

O governador do Ceará ainda disse que cobrará ações do presidente Michel Temer para conter a onda de violência local. As acusações do governador petista irritaram bastante o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça. Em nota, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, ofereceu apoio do governo federal, mas devolveu a responsabilidade na questão de segurança pública para o Estado seundo informações do Estadão Conteúdo.

 

O ministro lembrou que governadores não pedem ajuda em questão de segurança por questão política. Ainda sobre o assunto, o presidente foi questionado sobre o modelo de parcerias público-privadas para o sistema carcerário. Temer respondeu que esse modelo não está fora de pauta, mas que “há dúvidas” sobre a eficácia disso. As afirmações foram feitas em entrevista ao vivo, concedida pelo presidente ao programa “Jornal Gente”, da Rádio Bandeirantes, em São Paulo.