O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse, na manhã desta segunda-feira (18), não acreditar em resistência por parte dos militares quanto à necessidade da aprovação da reforma da Previdência.

“Os militares sabem fazer contas, são pessoas bem preparadas. Ou eles vão ajudar a fazer a reforma nas Forças Armadas ou também ficarão sem receber salário. Se não fizer a reforma, o Brasil voltará aos tempos de hiperinflação ou teremos um grande precatório na aposentadoria de todos porque não haverá recursos para pagá-las”, afirmou Maia durante encontro sobre a Reforma da Previdência, na Fundação Getúlio Vargas, em Botafogo, Zona Sul do Rio.

Maia preferiu não comentar os números mencionados por Paulo Guedes. Na semana passada, o ministro mencionou que faltariam apenas 48 parlamentares para aprovar a reforma.

“Eu não comento números de outras pessoas. Acho que números mais atrapalham que ajudam. Acho que essa questão de números é algo para ser discutido dois dias antes da votação. O ambiente político muda muito e quando você menciona números, fica com a obrigação de justificá-los. Mas posso dizer que hoje há um ambiente político muito mais favorável para aprovar a reforma”.

“Não há 320 deputados eleitos com a agenda da reforma da Previdência. Precisamos mostrar a esses parlamentares a importância dessa aprovação, para que o Brasil volte a crescer e investir”.

Maia disse, ainda, que pretende demonstrar ao PRB a importância de se votar a reforma. O presidente da legenda, deputado Marcos Pereira, já afirmou que o partido não irá votar uma reforma que poupe o que ele chamou de “uma casta de privilegiados”.

“Estamos dialogando com o PRB, é um partido importante. Vamos trazer o PRB para a votação da reforma. Conheço bem o Marcos Pereira e sei que vou convencê-lo, assim como outros partidos” segundo informações do G1. Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil