MInistério da Economia na Esplanada dos Ministérios em Brasília

 

O Ministério da Economia bloqueou mais R$ 2,1 bilhões do orçamento federal deste ano. A medida foi implementada em decreto publicado na noite de sexta-feira (29). Agora, o total contigenciado no orçamento deste ano é de R$ 12,7 bilhões.

No detalhamento de quanto foi bloqueado de cada órgão, o ministério informou que a pasta da Saúde perdeu R$ 2,7 bilhões. Já o ministério da Educação teve um total de R$ 1,6 bilhão contingenciados, confirmando a informação antecipada pelo secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, de que as duas áreas, por terem maiores orçamentos ficaram com os cortes mais volumosos.

Em conversa com a analista de política da CNN Brasil, Thais Arbex, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que “as medidas econômicas do governo têm surtido o efeito desejado. O governo atua em conjunto para garantir a efetividade das políticas públicas”. De acordo com Queiroga, ajustes podem acontecer no decorrer dos próximos meses para acomodar o bloqueio. Cerca de R$ 30 bilhões destinados a programas de média e alta complexidades ainda não executados estão na mira.

Já o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, disse que a pasta não deve ser impactada no momento. “Vamos absorver sem impactar neste momento as despesas do ministério com execução nos próximos meses. E já estamos conversando internamente para recompor”.

Emendas de relator

Segundo o detalhamento do Ministério da Economia divulgado nesta sexta-feira (29), dos R$ 17,1 bilhão destinandos no orçamento anual de 2022 para as emendas de bancada e de relator, R$ 8 bilhões foram bloqueados. O montante representa 46% da totalidade dos recursos. De acordo com a CNN, R$ 7,5 bilhões foram de RP9, as emendas de relator chamadas por alguns políticos de orçamento secreto. Bahia.ba