O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou inquérito para investigar o rompimento da barragem do Quati, em Pedro Alexandre, no Nordeste Baiano. No depoimento, serão colhidos informações, depoimentos e documentos sobre as causas do ocorrido. O rompimento da barragem ocorreu em julho deste ano.

A água do equipamento invadiu a cidade vizinha de Coronel João Sá e deixou mais de 300 pessoas desalojadas. Na época, Defesa Civil de Pedro Alexandre informou que as fortes chuvas que caiam na região do Rio do Peixe contribuíram para o transbordamento da água. Não houve mortos.

No mês passado, o MP identificou dificuldades na ajuda humanitária e violações aos direitos humanos das famílias atingidas pelos danos socioambientais decorrentes do rompimento. Na ocasião, o órgão estadual observou dificuldades na distribuição de cestas básicas às famílias e atraso no cadastramento das vítimas, o que tem prejudicado o atendimento de emergência, impedindo a prestação dos aluguéis sociais e a transferência de renda para compra de alimentos.

Já em Coronel Sá, há pendências para construção de casas que abriguem as pessoas afetadas. No município, 130 famílias perderam as casas, um total de 390 pessoas. A maioria está na residência de parentes e 17 famílias estão provisoriamente alojadas nas escolas Municipais Ruy Barbosa e Maria Dalva. Em Pedro Alexandre, mais de 14 mil pessoas foram afetadas pelo rompimento da barragem. Atualmente, 128 pessoas estão desabrigadas e 760 desalojadas.