(Foto: Marina Silva/Aquivo CORREIO)

O Ministério Público Estadual (MP-BA) apura uma denúncia contra a delegada da Polícia Civil Maria Selma Pereira Lima, ex-diretora do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), que fica em Salvador. O dossiê aponta a delegada como chefe de uma organização que cometia crimes contra o patrimônio e tráfico de drogas.

Segundo o MP-BA, a investigação está sob o comando do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Graeco), e começou depois que o dossiê foi enviado ao órgão. O MP, no entanto, não deu detalhes sobre as informações que constam no documento.

Ainda de acordo com o Ministério Público, a investigação está na fase de análise da documentação apresentada pela representante e das diligências iniciais para verificar a procedência das informações. Todos os envolvidos serão chamados para depor após esse primeiro momento.

O órgão pontuou ainda que o procedimento está sob sigilo “de modo a não atrapalhar a investigação e assegurar o êxito na adoção das medidas que se façam necessárias”.

Além do MP-BA, a corregedoria da Polícia Civil também recebeu o dossiê e apura as informações contidas no documento. Por meio de nota, a PC disse que a Corregedoria da Instituição, (Correpol), tomou conhecimento sobre um relatório com denúncias, na sexta-feira (4) e iniciou as apurações.

A Polícia Civil explicou, também, que um outro procedimento relacionado a Maria Selma está em andamento na Correpol, mas não deu detalhes do que se trata.

Por meio de nota, a defesa da delegada Maria Selma, representada pelos advogados Sérgio Habib e Thales Habib, desmentiu as acusações e disse que vai provar a inocência dela, “no curso do inquérito policial”. A defesa da delegada disse, ainda, que as acusações não se sustentam em provas, mas “em meras suposições”.

Maria Selma foi exonerada da diretoria da Polícia Civil e está licenciada do cargo de delegada desde julho, com retorno previsto às atividades em dezembro. A Polícia Civil pontuou, no entanto, que a exoneração ocorreu em função de processos administrativos, e não foi vincula a saída dela da diretoria às investigações. G1