Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, criticou os procedimentos chineses no combate ao coronavírus, como a construção de dois hospitais para atender aos infectados. Um dos hospitais foi construído no tempo recorde de 10 dias. Como medida também foi estabelecido o bloqueio de cidades e a circulação de pessoas entre elas.

“Alguns acharam que aquilo ali era uma demonstração de muita potência, aquilo foi uma demonstração de uma medida equivocada, que levou a um colapso do sistema hospitalar”, disse Mandetta em entrevista na quinta-feira (27). O ministro acredita que pessoas com suspeita da doença ou síndromes respiratórias leves não devem ser internadas para não sobrecarregar as unidades de saúde.

Mandeta defende como eficaz a medida que vem sendo utilizada pelo Brasil, que é o isolamento domiciliar, adotado nos 85 casos suspeitos registrados pela Secretaria de Saúde de São Paulo. “O isolamento domiciliar tem a eficácia tão alta quanto estar no hospital para esse tipo de vírus que é transmitido por gotículas, gotas de saliva”, disse Mandetta.

“Não se interna um indivíduo no hospital porque ele está com uma síndrome gripal, conversando, falando, se alimentando”. Mandetta destacou ainda que, no hospital, a doença pode atingir pessoas com imunidade debilitada. O chefe da pasta de Saúde brasileira afirmou ainda que as medidas adotadas pela China não foram suficientes para impedir que o vírus chegasse a outros países.