Valter Campanato/Agência Brasil

A Polícia Federal indiciou o ministro do Turismo , Marcelo Álvaro Antônio (PSL), sobre o uso de candidaturas-laranja no PSL em Minas Gerais. De acordo com uma fonte ouvida pelo Globo, a PF indiciou o ministro por associação criminosa, apropriação indébita e falsidade ideológica eleitoral. Outras dez pessoas foram indiciadas, entre elas o assessor especial do ministério, preso em junho.

Ex-presidente estadual do diretório de Minas do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, Álvaro Antônio é investigado por supostamente ter envolvimento com candidaturas de fachada para desviar dinheiro de fundo eleitoral.

Agora, com conclusão da PF de que há indícios de crimes, o relatório será enviado ao Ministério Público, que vai decidir se apresenta ou não denúncia à Justiça pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa.

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro decidiu “aguardar o desenrolar do processo” e mantê-lo no cargo. Duas ações da PF já foram deflagradas para investigar o caso.

Em abril, a primeira fase da operação cumpriu  sete mandados de busca e apreensão em cinco cidades de MG, incluindo a sede da legenda em Belo Horizonte. A segunda fase aconteceu em junho e cumpriu três mandados de prisão, tendo como alvo principal o  assessor especial de Álvaro Antônio, Mateus Von Rondon .

Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que Marcelo Álvaro não foi notificado oficialmente da decisão, mas disse que ele ”reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada”.

O texto afirma que a investigação “teve como base uma campanha difamatória e mentirosa” e ressalta que o ministro “não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018”. Informações do O Globo