O mistério do barulho do cemitério que vem intrigando os moradores da cidade de Mutuípe, parece ter sido solucionado. A Prefeitura disse na sexta-feira (2), que uma análise da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa) descobriu que o suposto “batimento cardíaco de um homem enterrado vivo” era, na verdade, água. O fenômeno levou, nos últimos dias, dezenas de pessoas ao local.

“A Embasa nos informou que esse som vem da válvula de retenção de uma bomba de abastecimento no bairro. Toda vez que a bomba para, faz esse barulho, conhecido como ‘Golpe de Aríete’. Durante o dia também acontece, mas à noite, quando tudo está em silêncio, que dá pra perceber melhor”, explicou o assessor da Secretaria de Administração, Gerson Reale Júnior.

“Golpe de Aríete” é o nome dado às variações de pressão decorrentes de variações da vazão, podendo ocorrer quando a bomba é desligada abruptamente por uma queda de energia, por exemplo, ou simplesmente por uma falha mecânica.

Uma das hipóteses são os tremores de terra acontecidos na região: em um mês, mais de 240 pequenos abalos foram registrados. Segundo o portal Guia da Engenharia, o problema deve ser solucionado o mais rápido possível, pois há riscos de danificar toda a tubulação de água.

Uma das moradoras da região, Tamara Santos, explicou que o barulho é ouvido há cerca de quatro meses, tanto durante o dia como a noite, mas tem se tornado mais frequente e mais forte ultimamente. “Quando chove, normalmente, não dá pra ouvir. É um barulho muito forte, que incomoda os moradores. Eu acredito que não seja da Embasa, porque, se fosse água, já tinha estourado”, revelou, preocupada.

A Prefeitura de Mutuípe informou que, agora que o mistério foi solucionado, irá tomar providências para resolver o problema. O órgão disse ainda que está prevista uma obra de ampliação do cemitério da cidade, onde o fenômeno foi observado. (Aratu Online)

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