EC Bahia

O desempenho do Bahia nos últimos jogos do Brasileirão tem deixado a galera tricolor de cabeça inchada. O Esquadrão conquistou apenas um dos nove pontos que disputou nas últimas três rodadas da Série A e viu a distância para o G6 – o grupo que se garante na Copa Libertadores de 2020 -, aumentar para três pontos.

O momento de declínio do Bahia no Campeonato Brasileiro tem passado por um setor: o ataque. O tricolor vive uma seca na competição. Nos últimos três jogos o time conseguiu balançar as redes apenas uma vez, com Fernandão, na derrota para o Athletico-PR, por 2×1, na Fonte Nova. Depois disso, passou em branco contra São Paulo e Fluminense.

E nem adianta criticar e dizer que a bola não está chegando ao ataque. O volume ofensivo tem sido bom. Para se ter uma ideia, o número de finalizações do Esquadrão nos três jogos foi maior do que o que próprio time tem apresentado no Brasileiro. Ao todo, foram 45 chutes a gol, uma média de 15 por partida.

Até aqui, o Bahia é oitavo time que mais finaliza no Brasileiro, com 307 finalizações, uma média de 12,3 por jogo. Foram 117 finalizações certas e 190 erradas. O Atlético Mineiro lidera o ranking, com 372 chutes contra a meta dos goleiros.

Contra o Athletico-PR, o Bahia finalizou 14 vezes. Foram quatro chutes no gol e nove para fora. O tricolor também não contou com a sorte e parou na trave em três oportunidades. Na derrota por 2×0 para o Fluminense, o que chamou a atenção foi a quantidade de gols perdidos. O Esquadrão criou pelo menos sete chances claras, mas esbarrou na falta de pontaria. Números que mostram que o que está faltando mesmo é eficiência dos homens de frente do tricolor.

“Contra o Athletico foi dois centímetros da trave para dentro, dois centímetros para baixo. O volume foi bom. Posso cobrar quando a gente não consegue criar. Gilberto esteve presente nas melhores chances. Contra o São Paulo, foi amarrado pela característica de jogo. Nas bolas na trave, o nível de concentração estava alto. Diante do Fluminense, o nível de concentração baixo, a chance de errar é maior. Você proporciona a chance de entregar o jogo ao adversário, que está jogando seu campeonato, querendo sair da zona incômoda. A bola pune. Não aceita desaforo”, analisou o técnico Roger Machado logo após o jogo no Maracanã.

Essa fase ruim do ataque do Bahia não é inédita. Nesta edição da Série A, o clube chegou a ficar três vezes sem balançar as redes no primeiro turno, entre a derrota para o Santos (por 1×0) e os empates sem gols com Cruzeiro e Chapecoense. O jejum só foi quebrado com os três gols anotados por Gilberto no triunfo por 3×0 sobre o Flamengo, na Fonte Nova.

Por falar em Gilberto, o camisa 9 também acumula uma um pequeno jejum. ‘Golberto’ balançou as redes apenas uma vez no segundo turno do Brasileirão, na derrota para o Corinthians, por 2×1, em São Paulo, na abertura do returno. Ele parou na trave duas vezes contra o Athletico-PR. Ainda assim, o atacante é principal goleador do Bahia na temporada, com 26 tentos, e o vice-artilheiro da Série A, com 11 gols, atrás apenas de Gabigol, do Flamengo, que tem 18.

Foco no grêmio
Nesta terça-feira (15), o Bahia vai ter mais uma chance de espantar a inhaca e colocar a bola nas redes. O tricolor encara o Grêmio, às 19h15, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

Para o duelo, o Esquadrão vai contar com o atacante Artur, que volta após cumprir suspensão. Já os laterais Nino Paraíba e Moisés, machucados, estão vetados do duelo. Hoje, o Bahia faz o último treino, no CT do Internacional, e encerra os preparativos para o jogo. Correio da Bahia