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Moradores do município de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, denunciaram ao BNews uma série de descasos nos serviços da prefeitura. Segundo os relatos, faltam materiais básicos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mar Grande, precariedade nos leitos, e até reutilização de materiais hospitalares, além de obra paralisada.

Segundo uma moradora, que não quis se identificar, a maioria das vezes que a população recorre ao posto médico em Mar Grande, não consegue atendimento adequado. “Uma amiga minha foi com o bebê, e não tinha gaze, seringa”, afirmou.

Em uma publicação no Facebook, outra moradora diz que, na mesma unidade, os profissionais reutilizavam os materiais, além dos pacientes passarem fome com a demora na regulação. “Não se pode admitir falta de materiais em hospitais de emergência”, diz um trecho da postagem.

Outro morador afirmou que uma obra realizada na área de Jiribatuba está paralisada. “Nem lembro quanto tempo tem. Tem várias casas ali, isso prejudica a mobilidade”, denunciou a moradora.

Em nota, a prefeitura negou os relatos dos moradores e informou que há medicamento, inclusive, estocado. Sobre a obra paralisada, a prefeitura alegou que “a mesma depende de condições climáticas e de maré”.

Leia:
A Secretaria de Saúde do Município de Vera cruz esclarece que a UPA de Vera Cruz é modalidade tipo II, teve no primeiro quadrimestre de 2019, 17 mil 501 atendimentos e informa que as denúncias sobre precariedade dos leitos da unidade não procedem, assim como as de falta de material e medicamento, e a reutilização inadequada dos materiais.
– Sobre os materiais reutilizados:
Nenhum material descartável é reaproveitado, são descartados imediatamente após o uso. E o material permanente é esterilizado, autoclavado.
– Sobre condições da unidade: A UPA de Vera Cruz passou por reforma em 2018, estando com móveis, equipamentos e estrutura em perfeitas condições de uso atendendo às existências do Ministério da Saúde, conforme fotos atuais em anexo.
– Em referência ao estoque: Cumprimos programação de abastecimento de estoque tanto de medicamentos como de insumos a cada 30 dias, conforme estoque abastecido nas fotos também em anexo.
– Sobre a regulação: No Primeiro quadrimestre de 2019, a Unidade de Pronto Atendimento transferiu 53 pacientes, esse número comprova que a referida unidade tem um número alto de resolutividade no próprio município, uma vez o paciente regulado é porque necessita de outra complexidade onde a atual estrutura de saúde da Ilha de Itaparica não oferece. A secretaria esclarece também que a média de tempo para um paciente ser regulado depende da Central Estadual de Regulação e de uma vaga disponível nos Hospitais de Referência.
Sobre a obra de revitalização da orla de Jiribatuba, a mesma não está parada. Como se trata de uma intervenção de cais, com obra de contenção, junto ao mar, a mesma depende de condições climáticas e de maré. Bocão News