O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (12), a abertura de um inquérito sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro no vazamento de uma investigação sigilosa da Polícia Federal. A decisão atende a um pedido feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira (9).
A notícia-crime endereçada a Moraes foi assinada por todos os ministros do TSE e traz o relato de suposta conduta criminosa atribuída a Bolsonaro. No último dia 4, o presidente divulgou nas redes sociais a íntegra de um inquérito da Polícia Federal que apura suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018 – e que, conforme o próprio tribunal, não representou qualquer risco às eleições. Com a nova frente de investigação, Bolsonaro passa a ser alvo de quatro inquéritos no STF:
- o que apura suposta interferência do presidente na autonomia da PF;
- o que investiga suposta prevaricação em relação a denúncias de irregularidades na compra da vacina Covaxin;
- o relacionado aos ataques de Bolsonaro às urnas, e
- a nova apuração, sobre o vazamento de investigação sigilosa da Polícia Federal.
Moraes determinou a remoção dos links disponibilizados por Bolsonaro com a íntegra da investigação e o afastamento do delegado da PF que era responsável por esse inquérito. O ministro também definiu que Filipe Barros e o delegado deverão prestar depoimentos à Polícia Federal. A decisão não prevê depoimento de Bolsonaro. G1