Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apelidada de “Moro de saias”, a ex-juíza Selma Arruda contou com o apoio do ministro da Justiça, Sérgio Moro, no processo que pedia a cassação de seu mandato como senadora no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Antes do julgamento, o também ex-juiz visitou integrantes da Corte para tentar convencê-los de que Selma é uma pessoa séria e honesta. Não deu certo.

Por seis votos a um, a mulher é agora ex-senadora e está proibida de exercer cargo público pelos próximos oito anos. Selma foi acusada de abuso de poder econômico e prática de caixa dois nas eleições de 2018.

De acordo com o processo, a parlamentar recebeu R$ 1,2 milhão em transferências bancárias de um de seus suplentes, Gilberto Possamai, em abril e julho do ano passado, e não declarou o montante à Justiça Eleitoral. Com isso, o TSE analisou que ela gastou mais do que seus concorrentes.

A informação sobre a ajuda é da coluna de Carolina Brígido do site da revista Época. Segundo a publicação, Moro afirmou que os indícios contra Selma não passavam de equívocos. Dessa forma, ela não merecia perder o mandato, seu primeiro, como senadora pelo Mato Grosso. O “Moro de calças” disse ainda que a ex-magistrada era um alento no Congresso Nacional diante de boa parte dos parlamentares.