A morte da baiana Emmily Rodrigues após cair do sexto andar do prédio onde o empresário Francisco Sáenz Valiente, suspeito de homicídio, vivia, uma área nobre de Buenos Aires, na Argentina, completou quatro meses neste domingo (30). Ainda não há previsão para que o corpo da jovem de 26 anos seja transferido para o Brasil.

“É uma grande tristeza porque não conseguimos transferir o corpo por enquanto, mas estamos nos esforçando a aceitar que é necessário para contribuir com as investigações lá. Possa ser que seja necessário fazer uma nova perícia ou uma nova autópsia”, disse o pai de Emmily, Aristides Gomes. “O que mais nos importa é buscar a justiça”, ressaltou o pai da jovem.

Em junho, foi divulgado que as investigações detectaram a presença de sêmen e sangue em pelo menos 25 amostras coletadas no apartamento do empresário. As informações foram confirmadas por Ignácio Trimarco, advogado de acusação. Emmily estava nua quando foi encontrada morta, no dia 30 de março.

Francisco Saénz Valiente foi preso por suspeita de homicídio, mas foi liberado em 19 de março, após a Justiça entender que não havia razões para mantê-lo custodiado. Até então, ele responde em liberdade.

“Por enquanto ele ainda está livre. No dia 22 de maio tivemos uma audiência na Câmara e o caso ainda não foi resolvido. Estávamos esperando por esta resposta e entendemos que agora a Câmera resolverá imediatamente”, afirmou Ignácio Trimarco. “A defesa agora alega que não sabe de quando podem ser esses preservativos”, afirmou o advogado de acusação.

Essas atualizações podem impactar a versão da defesa, que aponta que Emmily usou drogas, teve um surto psicótico e tirou a própria roupa antes de se suicidar pulando pela janela. Um exame toxicológico detectou a presença de cocaína e outras drogas no organismo da jovem, mas as amigas afirmam que ela não costumava se drogar, nem beber muito.

Francisco começou a ser investigado por suspeita de feminicídio. No entanto, a Fiscalía – ou Ministério Público da Argentina – desistiu desta tese. Segundo a madrasta da vítima, Fernanda de Andrade, a nova tese do órgão aponta que Francisco deixou Emmily morrer. G1