Morto a tiros no município de Iramaia, na região sudoeste da Bahia, o diretor estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Márcio Matos, começou a ser velado na tarde desta quinta-feira (25). A cerimônia ocorre na secretaria regional do MST, em Vitória da Conquista, município natal da vítima, também no sudoeste baiano.

 

O velório é acompanhado por familiares, amigos, além de lideranças estaduais e nacionais do MST. O corpo será sepultado na manhã de sexta-feira (26), por volta das 10h, no Cemitério Parque da Cidade. Em entrevista ao G1, na tarde desta quinta-feira, uma das diretoras estaduais do MST, Lucinéia Durães, disse que o crime chocou o movimento.

 

“Estamos em choque e com muito indignação. Era um militante que se doou por uma luta, por uma país justo”. Ela acrescentou que o dirigente nunca foi vítima de ameaças de morte. A polícia investiga e já descartou a hipótese de latrocínio, porque nada foi levado da casa da vítima. Uma equipe da Coordenadoria da Polícia Civil de Jequié acompanha as investigações. De acordo com a Polícia Civil, Márcio de 33 anos, foi morto na frente do filho de 6 anos.

 

Dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e integrante do Partido dos Trabalhadores (PT), foi morto a tiros na noite de quarta-feira (24), na propriedade rural em que ele morava, na cidade de Iramaia, que fica no sudoeste do estado e também faz parte da região da Chapada Diamantina. 

 

Não há detalhes sobre as circunstâncias do crime, nem sobre autoria e motivação. Por meio das redes sociais, o governador Rui Costa lamentou a morte de Márcio Matos. “Tão logo soube da triste notícia, determinei à Secretaria de Segurança Pública a imediata e rigorosa apuração do crime. Meus sentimentos de pesar aos amigos e familiares neste momento de profunda dor”.

 

A superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Bahia também lamentou a morte do líder do MST. De acordo com o Incra, o fato aconteceu no assentamento Boa Sorte Una, onde Matos era assentado.

 

Nesta quinta-feira, a Ouvidoria Agrária Regional do Incra-BA oficiou a Ouvidoria Agrária Nacional e a Coordenação do Grupo Especial de Mediação de Acompanhamento de Conflitos Agrários e Urbanos (Gemacau), setor que integra a Secretaria de Segurança Pública (SSP), solicitando informações sobre o crime, e relatando o ocorrido.