Agência Brasil

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que, no depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no próximo dia 19 de maio, ele tem que ter “cabeça fria no corpo quente”. A declaração ocorreu nesta última sexta-feira (7).

“Óbvio que agora, com essa questão da CPI, o Pazuello não pode se furtar a comparecer e prestar seu depoimento. É óbvio que ele vai ser pressionado. Então, ele tem que manter a calma. Cabeça fria no corpo quente. É dessa forma que ele tem que se comportar”, disse o general, de acordo com o Metrópoles.

Questionado sobre a possibilidade de Pazuello comparecer à CPI fardado, como vinha sendo aconselhado, Mourão opinou que o general não deveria ir utilizando os trajes militares, já que a função de ministro é uma função civil.

“Não tem que ir fardado, porque ele não estava numa função militar. Apesar de ele ser um general da ativa, ele estava numa função civil, tem que comparecer em trajes civis e suportar a pressão”, afirmou.

Mourão comparou a presença de Pazuello na CPI à “guerra na selva”. “A guerra na selva tem meio dúzia de leis. Uma delas é: aprenda a suportar o desconforto e a fadiga sem queixar-se e seja moderado em suas necessidades. É isso que o Pazuello tem que fazer”, orientou.

O vice-presidente também salientou que a colocação do general, na pasta, foi uma decisão de risco: “Acho que, independente de ser general da ativa ou da reserva, a colocação do Pazuello como ministro da Saúde foi uma decisão de risco”, disse. Já foram ouvidos os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, e o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga.