Movimentações financeiras de altos valores, detectadas em contas do médium João de Deus após virem à tona denúncias de abuso sexual, contribuíram para o Ministério Público de Goiás pedir a prisão preventiva dele, deferida pela Justiça nesta última sexta-feira (14). Os investigadores do caso sustentam que o montante elevado das recentes transações bancárias indica possível tentativa de ocultar patrimônio.

 

João de Deus é suspeito de ter abusado sexualmente de mulheres durante os atendimentos espirituais que realizava na cidade de Abadiânia. As movimentações atípicas nas contas do médium foram reveladas no sábado pelo jornal O Globo. O receio é de que ele saia do país. Outra preocupação é a de preservar eventual indenização das mulheres denunciantes.

 

“É verdade essa informação acerca de ocultação de patrimônio e vemos com bastante preocupação, porque o levantamento emergencial, a liquidez desses valores podem estar ligado a questão relacionada à frustração de futuras reparações de danos que esses abusos sexuais causaram às vítimas”, disse a promotora Gabriella de Queiroz Clementino. Os detalhes do pedido de prisão do médium estão em sigilo decretado pela Justiça.