Um novo medicamento para tratar a tuberculose latente, em que há a presença da bactéria adormecida, mas sem doença, será disponibilizado pelo SUS a partir do ano que vem, como prevê o Ministério da Saúde. Neste tipo da doença não há os sintomas como tosse prolongada e febre.

A estimativa do governo brasileiro é de que existam 30 mil pessoas nestas condições no país e que, caso contraiam doenças como o HIV/aids, quando o sistema imunológico está mais fragilizado, podem vir a desenvolver a forma ativa da tuberculose.

De acordo com o Ministério da Saúde, o medicamento rifapentina, utilizado por 3 meses, é indicado nestes casos. A oferta do tratamento para os 30 mil brasileiros será possível porque a instituição internacional Unitaid, parceira da Organização Mundial da Saúde (OMS) conseguiu negociar uma redução de 70% no preço do tratamento, passando de US$ 45 para US$ 15.

“A redução no preço do tratamento da tuberculose latente é um passo significativo para nos dar condições de incorporar um novo esquema medicamentoso para prevenção da tuberculose no SUS, que é eficaz ao mesmo tempo em que diminui pela metade a duração do tratamento. As pessoas estão mais dispostas a aderirem e completarem tratamentos mais curtos. Assim, a nossa expectativa é alcançar e tratar mais pessoas que podem adoecer de tuberculose ativa e alcançar as metas internacionais de eliminação da tuberculose até 2030”, afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.