(Max Haack/Secom/PMS)

Após a polêmica envolvendo o recadastramento obrigatório do Sistema Único de Saúde (SUS), disponibilizado pela prefeitura de Salvador por plataforma online, o secretário municipal de Saúde (SMS), Leo Prates (PDT), demonstrou preocupação no sábado (29) com a região das ilhas pertencentes à capital – Bom Jesus dos Passos, dos Frades (Paramana) e de Maré – no que se refere ao recebimento de recursos do financiamento do governo federal nas mudanças implementadas na destinação dos recursos do Ministério da Saúde.

O titular da Saúde ainda indicou que o site para o recadastramento está sendo modernizado. “Nossa posição é contrária a esse financiamento. A área das ilhas não tem a quantidade para o financiamento. Não tem pessoas. Vamos ter uma inovação com um site que cruza sistemas, uma tecnologia. Estamos cadastrando 40 mil pessoas por hora. Tivemos ontem 10 mil pessoas. O problema agora é com o site nacional. Já acionamos o Datasus”, disse.

Antes das mudanças promovidas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a distribuição de recursos era feita com base na quantidade de pessoas residentes e de serviços existentes em cada município. Agora, a lógica será diferente. Em linhas gerais, quanto mais pessoas tiverem cadastradas, mais recursos a cidade recebe.

Só que, com estas mudanças, cada distrito sanitário de Salvador precisará ter uma quantidade mínima de inscritos para receber os recursos provenientes da União. De acordo com o Plano Plurianual (PPA) de Salvador para o quadriênio de 2018 a 2021, a Ilha de Maré possui. 4.236 habitantes, enquanto Bom Jesus dos Passos tem 1.465 e Frades apenas 733.

RECADASTRAMENTO
Após as polêmicas apresentadas na última sexta-feira (28), o prazo para realizar a inscrição foi prorrogado até setembro pela prefeitura da capital. Durante o dia, o site apresentou instabilidade e as unidades de saúde ficaram lotadas de pessoas que queriam fazer o recadastramento obrigatório. Bahia Notícias