Agência Brasil

O mundo bateu 9 vezes o recorde de novos casos diários de Covid-19 em outubro, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizados até as 5h de segunda-feira (26). O número é o maior desde janeiro, quando os recordes de casos diários foram batidos 12 vezes. A sequência de recordes ocorre no momento em que a Europa se depara com efeitos da segunda onda de infecções pelo novo coronavírus e mais países passam a adotar medidas restritivas. Além disso, os Estados Unidos seguem tentando conter a evolução do surto, mas encaram aumento expressivo no número de casos confirmados. Os EUA são, inclusive, o país com o maior número de casos no recorde mais recente registrado – na sequência, vêm Índia, França e Brasil

Histórico de recordes

O primeiro recorde de outubro foi batido no dia 4, com registro de 327.964 novos casos de Covid-19. Nos dias 22, 23 e 24, os recordes diários foram batidos de forma consecutiva – sendo que, no último deles, veio o maior número diário desde o início da pandemia: 468.409 novas infecções O único mês com mais recordes foi em janeiro, o primeiro da pandemia. Mas, naquele mês, o pico de casos em um único dia foi de 2.011 registros. E o primeiro dia com notificações – 18 de janeiro – teve apenas 17 casos contabilizados. Desde então, os meses de abril, junho e julho tiveram a maior quantidade de recordes batidos: 8 em cada um. Em março, as altas mundiais foram ultrapassadas 7 vezes; em fevereiro, 6. Agosto e setembro tiveram 2 e 3 recordes, respectivamente.

Alerta da OMS

A OMS fez um alerta sobre os as altas recentes nos casos, demonstrou preocupação – principalmente com o Hemisfério Norte – e pediu que a pandemia não seja politizada. “A semana passada testemunhou o maior número de casos Covid-19 relatados até agora. Muitos países do Hemisfério Norte estão vendo um aumento preocupante de casos e hospitalizações. As UTIs estão chegando na sua capacidade em alguns lugares, especialmente na Europa e América do Norte”, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Uma pandemia não é um [jogo de] futebol político. O pensamento positivo ou o desvio intencional [da pandemia] não impedem as transmissões ou salvam vidas. O que vai salvar vidas é a ciência, soluções e solidariedade”, afirmou. G1