Foto: Christopher Black / World Health Organization

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na segunda-feira (19), que mais de 5,2 milhões novos casos de Covid-19 foram reportados à agência nos últimos sete dias. Essa é a pior contagem desde o início da pandemia. “Na última semana, houve um aumento nos novos casos da Covid-19 pela oitava semana consecutiva, com mais de 5,2 milhões de casos reportados – o maior número em uma semana até agora”, disse Ghebreyesus em entrevista coletiva.

Segundo o balanço da agência de saúde das Nações Unidas, na última semana, 5.228.318 novas infecções foram registradas. O número é 13,9% maior que na semana anterior. Antes, o recorde de novos casos em sete dias em todo o mundo tinha sido registrado na semana de 4 de janeiro. Foram 5.044.078 pacientes infectados. A alta de casos é puxada pela Índia, que bateu recorde de novos infectados pela 13ª vez nos últimos 15 dias. Foram mais de 1,5 milhão de novos casos nos últimos sete dias.

Aumento no número de mortes

Ghebreyesus disse também que o número de mortes por coronavírus vem aumentando nas últimas cinco semanas – nos últimos sete dias foram 83.021, um aumento de 7% em relação à semana anterior. “Números grandes podem nos deixar insensíveis”, disse Ghebreyesus. “Mas cada uma dessas mortes é uma tragédia para famílias, comunidades e nações.”

Ele relembrou que o primeiro 1 milhão de mortes aconteceu após nove meses de pandemia, em setembro do ano passado. Quatro meses depois, o mundo registrava 2 milhões de mortos, e em três meses alcançou a triste contagem dos 3 milhões.
Controle da pandemia é possível. O diretor-geral mantém seu otimismo expressado na semana passada.

Segundo ele, ainda que a pandemia esteja longe de acabar, é possível controlá-la nos próximos meses. Ele defende que ações coordenadas de saúde pública sejam criadas e respeitadas pela população, e também defende que o acesso igualitário à vacinação seja garantido pelos governos. “A pandemia da Covid-19 vai retroceder. Mas ainda teremos todos aqueles desafios que já tínhamos antes, como a crise climática”, alertou o chefe da OMS. G1