Foto: Agência Brasil

Por todo país, cidades grandes como Salvador, São Paulo e Fortaleza, por exemplo, estão sofrendo com a ausência de médicos para ocupar as vagas deixadas pelos profissionais que participavam do programa Mais Médicos de acordo com a Folha de S. Paulo.

Capitais, municípios que fazem parte de regiões metropolitanas ou que possuem mais de 50 mil habitantes foram esquecidos nos dois editais até então divulgados em 2019 pelo Ministério da Saúde, além disso, esses municípios também não foram incluídos para as vagas de reposição.

Em números, com base nos dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação, no Brasil a quantidade de vagas autorizadas para o programa chegam a 18.240, destas, 7.859 estão nas cidades de grande porte.

No entanto, deste último número, 1.855 vagas não estão ocupadas e a previsão é de que até 2020 mais 6.004 delas terão os seus contratos encerrados, segundo Mayra Pinheiro, que é secretária de gestão e trabalho em saúde e responsável pelos Mais Médicos.

Em Salvador, que não foi incluída no edital mais recente lançado, o programa possui autorização para atuar em 146 vagas, mas deste número, 53 ainda esperam por algum profissional.

Na Unidade de Saúde da Família Deputado Luiz Braga, que fica no bairro de Pirajá, quatro profissionais da saúde trabalhavam atendendo a demanda diária do centro que é de 650 pessoas/dias, mas há um mês, não há nenhum médico do programa por lá.

Luiz Henrique Mandetta, que é o ministro da Saúde, defende e argumenta as mudanças realizadas pelo governo: “Não tem cabimento precisar do governo federal para contratar médico para a cidade de São Paulo, por exemplo. É uma metrópole. Ah, é difícil colocar médico numa área crítica? Se é difícil para São Paulo, é difícil para o governo federal também”.