O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Ângelo Coronel (PSD), criticou os partidos da base aliada que estão insatisfeitos após uma declaração do governador Rui Costa (PT), que sinalizou possível prioridade do PT, PSD e do PP na chapa de reeleição em 2018, o que, inclusive, foi minimizado ontem pelo petista. Segundo Rui, à Tribuna, ele foi “mal interpretado”.

 

O pessedista acredita que nada está definido e que a política é bastante dinâmica. “O que não podemos admitir é chantagem eleitoral”, criticou à Tribuna. Em coletiva de imprensa anteontem, o chefe do Palácio de Ondina disse que “o PT, o PSD, do senador Otto, e o PP são partidos que hoje têm posição de destaque e que devem ter a mesma posição no processo sucessório”. “Vamos conversar com todo mundo. É prematura qualquer decisão. Essa eleição é mais curta. Isso também vai se compatibilizar com arranjo nacional. Ainda é cedo. Estamos em janeiro ainda”, disse Rui, afirmando ainda que pode estender a reforma no secretariado até abril.

 

Cotado para lançar candidatura ao Senado, Coronel afirma que vai aguardar a evolução do cenário eleitoral para fazer qualquer sobre o assunto. “Eu sou um homem de partido. Se o partido definir lá na frente pelo meu nome, eu estarei apto para entrar na campanha. Fico lisonjeado com esse reconhecimento do governador pelo nome que o PSD vai compor na chapa. O governador é um homem inteligente e sabe fazer conta”, analisou.

“Se por acaso integrarmos a chapa, será para somar e não para causar problemas. Espero que aqueles partidos que não forem contemplados tenham o altruísmo de reconhecer a preferência pelo peso eleitoral dos que forem a ser contemplados na chapa majoritária. Mas todos os partidos que fazem parte da base têm méritos. No momento certo, será feita uma avaliação para definir quem tem mais força para agregar ao projeto e ganhar as eleições”, afirmou Coronel.

Questionado pela Tribuna sobre o assunto, o senador Otto Alencar (PSD) afirma que ainda não há nenhuma definição sobre o assunto. “Quem vai fazer a arbitragem desse processo todo é o próprio governador, não sou eu. Sou apenas representante de um partido, que já apoia o governo há muito tempo, desde 2010. O que nós esperamos é que, no momento certo, ele possa chamar todos os presidentes de partidos para conversar. Nós não temos nenhuma imposição a fazer. Temos que procurar sempre o diálogo e o entendimento, sem imposições desnecessárias. Então, vamos esperar pra ver o que vai acontecer”, afirmou o presidente do PSD na Bahia. Tribuna da Bahia/Por Henrique Brinco