O ministro de Ciência e Tecnologia Marcos Pontes comentou, nesta última quinta-feira (10), uma nova polêmica envolvendo Damares Alves. O ministro concedeu uma entrevista ao Jornal da CBN. Em um vídeo, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos afirma que a Igreja Evangélica perdeu espaço na história quando deixou a Teoria da Evolução entrar nas escolas. “E aí cientistas tomaram conta dessa área”, disse.

 

Marcos Pontes afirmou que, na sua opinião, não se deve misturar ciência com religião. “Ela deve ter falado isso em algum tipo de contexto que eu não sei exatamente. Mas, do ponto de vista da ciência, são muitas décadas de estudo para formar a teoria da evolução”, afirmou ele. Entre as metas prioritárias da pasta, Pontes citou a questão da água no Nordeste.

 

“Essa segurança hídrica é função do Ministério do Desenvolvimento Regional, mas nós temos a função de ajudar na parte de tecnologias aplicáveis a isso”. O ministro disse que ainda irá a Israel para verificar como funcionam os dessalinizadores. Pontes elencou a internet como prioridade no ministério. “A ideia é termos internet em banda larga no país como um todo. […] . A educação é a base de tudo e não pode ser desassociada da Ciência e Tecnologia”.

 

Em relação ao programa Ciências sem Fronteiras, criado no governo Dilma e encerrado definitivamente em 2017, o ministro afirmou que não foi discutida a possibilidade de retomar essa iniciativa Marcos Pontes falou sobre os cortes no orçamento da pasta. Segundo ele, será necessário fazer alguns ajustes para recuperar investimentos no CPPQ e no Finep.

 

“O CNPQ é essencial em pesquisa básica. É um dos nossos motores. Esse problema será tratado ao longo do ano”, afirmou. Entre as possibilidades citadas pelo ministro, estão as emendas parlamentares. Pontes defendeu ainda a necessidade de atrair o setor privado para investimentos na área.

 

“Precisamos atrair empresas. Precisamos ajudá-las a ter um ambiente positivo de negócios”, afirmou. Em sua avaliação, a missão da pasta é produzir conhecimento através da ciência, produzir riqueza através de startups, melhorias de produtos e serviços e contribuir para a qualidade de vida das pessoas”.