Nenhuma faculdade baiana conseguiu alcançar o conceito máximo no Índice Geral de Cursos (IGC), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação. O melhor resultado conseguido pelas Instituições de Ensino Superior (IES) na Bahia foi o conceito 4 – a escala do IGC varia de 1 a 5. Das 103 IES avaliadas na Bahia, 19 conseguiram essa nota.

 

É o caso da Universidade Federal da Bahia (Ufba) em Salvador. Segundo o pró-reitor de Ensino e Graduação da Universidade Federal da Bahia, Penildon Silva, a federal baiana criou uma atenção especial para essas avaliações desde o ano de 2014 e agora está colhendo frutos do trabalho empregado na Universidade segundo informações do Correio da Bahia.

 

“É importante ressaltar que a Ufba faz investimentos para além do ensino. Hoje, temos 88 cursos de graduação e todos contam com investimentos em pesquisa e extensão. Ou seja, o aluno tem a oportunidade de sair da sala de aula e trabalhar em um laboratório ou fazer atividades de campo que vão agregar diretamente na sua formação”, é o que disse o pró-reitor da Universidade Federal da Bahia. A maioria das IES baianas ficou com o conceito 3.

 

Foram 70 faculdades e universidades que ficaram com essa nota. Além disso, 10 faculdades ficaram com a nota 2 e uma ficou com o conceito 1. Por fim, 3 faculdades ficaram na categoria “Sem Conceito”, que é quando não conseguem alcançar nota na avaliação. No Brasil, 278 instituições de ensino superior no Brasil tiveram desempenho inferior às demais instituições avaliadas em 2017.

 

O Inep aponta que 13,5% das instituições de ensino brasileiras tiveram um IGC 1 ou 2. Assim como aconteceu na Bahia, no restante do Brasil o índice 3 reúne a maior parte das instituições. No ano passado, 10 instituições de ensino tiveram o menor índice, 1, e 268, o índice 2. A maior parte, 66% das instituições, obteve índice 3. Cerca de  um quinto, 20,5%, índices 4 ou 5.

 

O IGC é um indicador de qualidade do ensino superior brasileiro. Ele é calculado anualmente e leva em consideração elementos como avaliação dos cursos de pós-graduação e a distribuição dos estudantes entre cursos de graduação e pós.

 

Entram no cálculo também o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que é calculado com base na nota dos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado (IDD) – que mede o quanto o curso de graduação agregou ao desenvolvimento do estudante – e no perfil dos professores. Para o cálculo do IGC, foram considerados 22.271 cursos de graduação e 4.245 programas de mestrado e doutorado em todo o país.