O prefeito ACM Neto (DEM) descartou no início da tarde desta terça-feira (25) a possibilidade de que os valores previstos para as apresentações do cantor e deputado federal Igor Kannário (DEM) durante o carnaval de Salvador serem revisados após polêmica com a polícia militar.
Hoje mais cedo, o BNews noticiou que Kannário recebeu da prefeitura de Salvador, ao todo, R$ 280 mil para tocar nos dias de festa. Neto, contudo, disse que após o carnaval, assim que tiver uma possibilidade, conversará com Kannário e fará um apelo para que o artista “tenha cuidado em outros momentos” e “preferencialmente não repita o que foi dito ontem”.
“O cantor fez o show. Então, nós temos que pagar. Segundo que eu acho que sim, é preciso ter atenção. Eu até me sinto a vontade para conversar com ele e colocar a minha opinião. Acho que as opiniões dele não contribuem para o carnaval e eu espero que ele reflita sobre isso”, disse.
Questionado se a prefeitura teria alguma responsabilidade no episódio de ontem – uma vez que possui um histórico de contratações do cantor, apesar de suas constantes polêmicas com a PM -, Neto disse que não é censor e lembrou que durante o governo Temer muitos artistas desfilavam sem economizar críticas ao então presidente.
“Outros gritam ‘Fora Bolsonaro’ e a gente não pode fazer nada. Não vamos fazer censura prévia de ninguém”, afirmou. Neto salienta que os comentários de Kannário não encontraram a anuência de ninguém, uma vez que “não ajudam a harmonizar a folia”.
Presidente nacional do DEM, Neto descartou a possibilidade de Kannário receber qualquer tipo de punição partidária. “Isso não tem nada a ver com questões partidárias. Ele, aqui, tem que responder como cantor e artista. Não tem nada a ver com sua atividade como parlamentar”, disse.
O democrata também aproveitou a ocasião para reafirmar que os comentários de Kannário na tarde da última segunda foram “completamente inadequados”, e que é necessário reafirmar a importância do trabalho policial para a realização da festa. BNews
