O venezuelano Nicolás Maduro confirmou sua candidatura à reeleição no pleito presidencial do país, previsto para ocorrer até 30 de abril. Na última terça-feira (23), ele já tinha se manifestado disposto a concorrer, depois que o número dois do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, ter dito que Maduro sairia candidato.

 

“Vamos ganhar as eleições e vamos varrer [a oposição]. Não vou decepcioná-los”, disse Maduro, em um evento do Ministério do Transporte em Caracas. O pleito foi antecipado no momento em que Maduro se aproveita da união de seus aliados após vitória nas eleições municipais em dezembro e para governadores, em outubro.

 

De acordo com a Folha, Maduro também se beneficia da fragmentação da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), dividida em relação à participação nas eleições e às negociações com o regime na República Dominicana. Apesar do curto tempo para o pleito, Maduro pode não ter concorrntes. Entre os possíveis, o ex-prefeito Leopoldo López está em prisão domiciliar e o ex-prefeito Antonio Ledezma se autoexilou na Espanha.

 

Já os ex-presidenciáveis Henrique Capriles e María Corina Machado estão inelegíveis. Outros dois possíveis concorrentes podem ser processados: os ex-presidentes da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup e Julio Borges.