O futuro ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, disse que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, não foi convidado para a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, marcada para o próximo dia 1º de janeiro segundo informações do Folhapress. A Venezuela enfrenta uma grave crise econômica. A cada dia, 5.000 pessoas deixam o país. A expectativa é que a inflação atinja mais de 1.000.000% em 2018.

 

“Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Maduro para a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira. Todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela”, publicou no Twitter o futuro ministro das Relações Exteriores.

 

Em outubro deste ano, o governo venezuelano enviou felicitações ao Brasil pela realização da eleição presidencial e pediu a Jair Bolsonaro para “retomar o caminho das relações diplomáticas de respeito, harmonia, progresso e integração regional”. No próximo dia 10 de janeiro, Maduro iniciará um novo mandato, previsto para durar até 2025. Ele foi reeleito em maio deste ano, numa eleição cuja legitimidade foi contestada dentro e fora do país.

 

O ditador está no poder desde 2013 e assumiu após a morte do presidente Hugo Chávez, de quem era vice. Maduro esteve na posse de Dilma Rousseff em 2015. Na posse do segundo mandato da ex-presidente, vieram também os presidentes José Mujica (Uruguai), Michelle Bachelet (Chile), Evo Morales (Bolívia) e Horácio Cartes (Paraguai), além dos vice-presidentes Joe Biden (EUA) e Li Yuanchao (China).

 

Na celebração do início do primeiro mandato de Dilma, em 2011, Chávez esteve presente. O evento teve ainda nomes como Hillary Clinton, então secretária de Estado dos EUA. e do príncipe Filipe de Bourbon, atual rei da Espanha.

 

Em 2003, na posse do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Chávez também veio a Brasília, assim como o ditador cubano Fidel Castro (1926-2016). A festa teve representantes de 117 países, incluindo os primeiros-ministros da Suécia e da Guiné-Bissau.