Joilson Cesar | Bnews

O autor do feminicídio contra a delegada Patrícia Neves Jackes Aires, que ocorreu no último domingo (11), no interior da Bahia, Tancredo Neves Feliciano possui uma ficha extensa no mundo do crime, sendo pelo menos 26 ocorrências registradas na polícia. As informações foram passadas pelo diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), Arthur Gallas, em coletiva de imprensa nesta última terça-feira (13). De acordo com Gallas, Tancredo vem cometendo crimes desde quando era menor de idade, inclusive com várias ocorrências envolvendo mulheres.

“Há uma situação que se deu no Paraná, que ele teria empurrado outra mulher do quinto andar e ele respondia a esse procedimento lá também. Tem uma situação também envolvendo uma médica de Feira de Santana, numa clínica, e ela chegou a registrar o fato, mas não deu prosseguimento com medo de acontecer alguma violência. O fato é que durante o transcorrer da vida dele, são em torno de 26 ocorrências em que ele se envolveu. Desde menor, ele já se envolvia em problemas, o que indicava realmente que é uma pessoa perigosa e que não media esforços para agredir as pessoas e tirar a vida como foi o caso”, pontuou.

Gallas também falou que vai aguardar alguns procedimento e laudos periciais apenas para precisar o horário da morte e apurar o uso de drogas. O restante, segundo o delegado, está muito claro. “A gente tem que aguardar agora os laudos periciais, principalmente dela, para estabelecer melhor a questão do horário da morte, apesar de que nós entendemos que ele deve ter matado ela em Sapeaçu por conta do tempo que permaneceu lá. Alguns exames relativos a essa questão do uso de drogas, alguma coisa nesse sentido, porque o resto está muito definido, o rastreamento do veículo foi fundamental, o registro da passagem no pedágio é fundamental e ele próprio afirma que isso bate com as lesões e bate com os horários que nós coletamos”, explicou Gallas.

Sobre o que pode pesar contra o acusado na dosimetria da pena, o diretor do Depom que um dos fatores é a ocultação do cadáver. “Ele forjou a situação levando para um local ignorado para desvirtuar a ação da Justiça e o registro de uma falsa ocorrência, que ele registrou em Amélia Rodrigues. Ele vai responder por isso também porque tentou encobrir o crime que praticou. Tudo isso é agravante e a forma torpe como ele matou Patrícia”, concluiu. Bocão News