Apesar da retomada da atividade após a paralisação dos caminhoneiros que aconteceu no início deste ano, o Nordeste foi a única região do país a registrar retração econômica no período de 12 meses encerrados em setembro, informou o BC (Banco Central) nesta quarta-feira (21). A autoridade monetária divulgou o Boletim Regional, que traz, entre outros pontos, o índice de atividade econômica de cada região.
No período de 12 meses, o Nordeste apresentou um índice negativo de 0,2%. O número ainda reflete o impacto gerado pela paralisação dos caminhoneiros, em maio deste ano. No dado apresentado nesta terça, relativo ao terceiro trimestre, é possível observar uma retomada, com alta de 1,5% na atividade econômica do Nordeste segundo informações da Folha.
O número não foi suficiente para recompor perdas do período da greve, no 2º trimestre, quando a retração foi de 2,1%. O desempenho recente da economia na região mostram uma recuperação gradual da atividade. A redução no ritmo de crescimento também é observada no restante do país. “A atividade econômica nas diversas regiões permanece em recuperação, mas em ritmo mais gradual do que o esperado no início do ano”, informa o BC.
No período de 12 meses encerrados em setembro, a maior expansão econômica foi registrada na região Norte, com alta de 2,6% da atividade. Apesar do nível elevado, a atividade registrou recuo no segundo trimestre (-0,9%) e no terceiro trimestre (-0,3%). “Os principais indicadores econômicos da região Norte evidenciaram acomodação no recuo da atividade, ainda sobre efeitos da paralisação do setor de transporte de cargas”, diz o documento.
A região Sul teve, em 12 meses, uma alta de 1,8% na atividade econômica. O Sudeste, por sua vez, registrou alta de 1,4%. “No Sudeste, a economia retomou o nível de atividade prévio à paralisação dos caminhoneiros, retornando à trajetória de crescimento gradual”, afirma o BC. No Centro-Oeste, o crescimento foi de 0,9%.
O Banco Central avalia que a região vive cenário de relativa estabilidade, refletindo a redução da produção agrícola, após safra recorde em 2017. Na última semana, o Banco Central divulgou o dado nacional relativo à atividade econômica. No terceiro trimestre, a economia brasileira cresceu 1,74%, em relação aos três meses anteriores.