Valter Campanato/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) abriu, nos últimos cinco anos, 1.644 ações contra suspeitas de corrupção na Bahia, além de ter obtido 394 sentenças condenando agentes públicos e particulares que, de alguma maneira, foram diretamente responsáveis por ilícitos ou crimes envolvendo recursos públicos federais, desviados do destino.

Os números foram divulgados em razão da comemoração ao Dia Mundial de Combate à Corrupção, que acontece na segunda-feira (9). Os casos tratam de uma série de crimes envolvendo desvios de verbas da Saúde, Educação (transporte, merenda escolar e valorização de professores), fraude a licitações, lavagem de dinheiro e recebimento de propina por meio de contratos ilegais.

O levantamento leva em conta processos abertos por atos de improbidade administrativa, crimes praticados contra a administração pública, crimes de responsabilidade de prefeitos e de vereadores e delitos em processos licitatórios.

Entre as principais ações realizadas no período, se destacam a ação contra a Construtora OAS, a Odebrecht Engenharia e Construção Internacional e a R&R Consultoria (RRLC Informática), aberta em junho deste ano; uma ação contra o prefeito de Araci e o diretor de Recursos Humanos por prestarem declarações falsas à Receita Federal, em outubro.

Outro exemplo é a ação de improbidade aberta em setembro contra ex-prefeito de Conde e mais quatro familiares por lavagem de R$5,3 milhões. Além dessas, tem também outras investigações nas cidades de Ilhéus, Valença, Wenceslau Guimarães, Ibirapitanga, Camamu, Ubaitaba, Ituberá, Maraú, Igrapiúna, Piraí do Norte, Ibirataia, Ubatã, Nazaré e Eunápolis, entre outras. Yasmin Garrido