Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Rogério Ceni tem oito sessões de treinamentos até o próximo desafio do Bahia na luta contra o rebaixamento, marcado para o dia 24 deste mês, uma sexta-feira, contra o Corinthians. Durante esse período, o treinador vai precisar escolher o substituto do centroavante Everaldo, que está suspenso. Mas as novidades para o próximo compromisso do time podem ir além.

No empate contra o Athletico, o Bahia jogou com três zagueiros, com o volante Rezende se juntando a Kanu e Vitor Hugo, e Juba e Gilberto como alas. Após a partida, Rogério Ceni analisou que este sistema dá mais proteção para o time, mas ponderou que a manutenção ou não vai depender da forma que joga o próximo adversário.

– Tenho que concordar que fica mais firme defensivamente o time jogando com Rezende na linha de três. Agora, se eu pego um time sem referência, São Paulo, por exemplo, praticamente joga sem 9, com o Luciano vindo flutuar. Aí não adianta ter três zagueiros porque perde o meio-campo. Depende muito do sistema que o adversário joga. Nós temos um coringa que é o Rezende, joga tão bem de volante quanto de zagueiro, tem jogo aéreo. A nossa vantagem é que podemos mexer o Rezende como terceiro (zagueiro) e segundo volante e mudar o jeito do time jogar – analisou o técnico.

Próximo adversário do Bahia, o Corinthians também utilizou três zagueiros no seu último jogo no Brasileirão, diante do Grêmio. A equipe paulista não teve centroavante de ofício em campo, uma vez que Yuri Alberto ficou no banco de reservas.

Além de olhar a forma que o adversário atua, Rogério Ceni acredita também que o sistema com três zagueiros e alas só funciona se a equipe tiver uma referência em campo, o famoso camisa 9, peça que a equipe tem problema para o próximo jogo, em razão da suspensão de Everaldo. Em tese, Vinicius Mingotti seria o substituto natural, mas ele está em má fase e sequer foi relacionado para o último compromisso.

– Em tese, quando você joga com três zagueiros e alas, que chegam bem à linha de fundo, a referência dentro da área é importante. As jogadas saem pelos lados, e você tem que ter o homem de referência para finalizar. Hoje [último domingo], Everaldo até caiu demais pelos lados, deixou de ficar centralizado. E Biel longe.

Outra possibilidade de Rogério Ceni para o jogo é escalar Rafael Ratão como referência. O atacante pode fazer a função, apesar de ter mais intimidade com os lados do campo.

– Juba bastante acanhado no lado ofensivo, no primeiro tempo; no segundo tempo, fez uma boa partida, chegou ao fundo, criou jogadas pelo lado dele. Gostei muito do segundo tempo do Juba, não tanto do primeiro tempo. Sobre [a ausência do] Everaldo, vamos pensar com calma, analisar o próximo adversário. O Corinthians jogou com linha de três contra o Grêmio, muito pelo que fizemos contra o Grêmio, acredito eu. Eu também faria isso, se tivesse a oportunidade de ver um adversário jogando contra.

Ao menos não vai faltar treino para Rogério Ceni, que tem tempo para ajustar o Bahia durante a parada da data Fifa. O jogo contra o Corinthians vai ser disputado na Neo Química Arena e é crucial para o Tricolor na luta contra o rebaixamento.

Para este jogo, Ceni vai contar com o retorno de Camilo Cándido, após cumprir suspensão. Além de Everaldo, o treinador perdeu o zagueiro David Duarte, também por ter recebido o terceiro cartão amarelo contra o Athletico.

Algumas possíveis escalações do Bahia para pegar o Corinthians:

  • Marcos Felipe; Gilberto, Kanu, Rezende, Vitor Hugo e Camilo Cándido; Acevedo, Thaciano e Cauly; Biel e Ratão [Mingotti];
  • Marcos Felipe; Gilberto, Kanu, Vitor Hugo e Camilo Cándido; Rezende, Acevedo, Thaciano e Cauly; Biel e Ratão [Mingotti];
  • Marcos Felipe; Gilberto, Kanu, Vitor Hugo e Camilo Cándido; Rezende, Yago Felipe, Thaciano e Cauly; Biel e Ratão [Mingotti].

Com 38 pontos na Série A, o Bahia está fora da zona de rebaixamento, mas o Cruzeiro abre o Z-4 com 37 pontos e tem duas partidas a menos, que serão disputadas durante este período de data Fifa. Globoesporte