Agência Brasil

O número de trabalhadores informais cresceu 15,4% no primeiro trimestre deste ano na Bahia, se comparado ao mesmo período de 2021, e já passa de 3,2 milhões, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a supervisora do IBGE no estado, Mariana Viveiros, esse aumento se deu por causa de dois fatores: a “facilidade” para conseguir um trabalho informal e a redução de postos de trabalhos durante a pandemia da Covid-19, por causa das restrições e do isolamento social.

“Esses dois fatores levaram a esse aumento na informalidade”, explicou. O designer de sobrancelhas Júnior Alves trabalha de maneira informal no “Beco da Beleza”, na Avenida Sete de Setembro, em Salvador. Segundo ele, é possível oferecer um serviço de qualidade e mais barato para as clientes, já que não precisa pagar aluguel e outras taxas. “[Cobro] R$ 15, mas se fosse em um salão seria entre R$ 50 e R$ 60”, disse.

De acordo com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), a capital baiana tem 14.783 ambulantes licenciados. No entanto, a Associação dos Vendedores Ambulantes de Salvador (Assidivan) estimou que mais de 40 mil ambulantes atuam em Salvador.

“As pessoas nos procuram diariamente para saber como faz para ter uma barraca e trabalhar na rua, porque aqui é a única porta que se abre sem preconceito, independente de escolaridade, sempre cabe mais um”, disse o presidente da associação Rosimário Lopes.

Geração de postos de trabalho

A Bahia gerou 13.079 postos com carteira assinada, decorrente da diferença entre 69.349 admissões e 56.270 desligamentos, em junho deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

De acordo com a SEI, este foi o sexto mês seguido com saldo positivo. Com este resultado, o estado passou a contar com 1.874.177 vínculos celetistas ativos, uma variação de 0,70% sobre o quantitativo do mês anterior.

No período, Salvador registrou um saldo de 3.821 postos de trabalho celetista. De responsabilidade do Ministério do Trabalho e Previdência, os dados do emprego formal foram sistematizados pela SEI, autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan). G1