Apesar do Palácio do Planalto começar a mover céus e terras para enterrar o plano de fusão entre o DEM e o PSL, outra discussão tem se arrastado. O BNews apurou que a identidade da junção ainda está na mesa no debate entre os caciques de ambas as legendas. O número 25 do antigo PFL deve se manter, em compensação o 17 do PSL, cuja simbologia está vinculada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), deve ser enterrado.

“Tá tudo certo. 100% de certeza que os dois vão se juntar. Só faltam os detalhes que devem anunciar na próxima semana”, relatou uma fonte que prefere discrição. O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, deve ficar com a secretaria-geral da sigla. O deputado Luciano Bivar, atual presidente do PSL, continua na presidência.

Sobre esse assunto, o senador Jaques Wagner (PT) chegou a ironizar o movimento. Para ele, em uma entrevista exclusiva concedida ao BNews, a busca do DEM pela fusão mostraria um definhamento da legenda. O fato, inclusive, foi rebatido de pronto pelo presidente do DEM da Bahia, deputado Paulo Azi.

O novo partido que surgir da fusão DEM e PSL chega grande e com imponência, não só de fundo eleitoral e tempo de televisão nas campanhas futuras, como também de bancada na Camara Federal, a maior ultrapassando o PT, e no Senado, com sete cadeiras.

De acordo com o jornal Valor Econômico, a fusão entre os partidos está programada para ser anunciada em 21 de setembro. Luciano Bivar seria o presidente do novo partido, enquanto ACM Neto, que atualmente comanda o DEM, seria o secretário-geral da nova legenda.

A nova sigla teria perfil conservador, de direita, liberal na economia, mas com um olhar atento às questões sociais, e caminharia com o postulante da terceira via à sucessão presidencial. A fusão não abre janela para o ingresso de novos deputados, mas, em contrapartida, autoriza a saída dos parlamentares sem a perda do mandato. (Bocão News)