Permanece indefinida a data do encontro que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), deverá ter com os presidentes nacional e estadual do PDT, Carlos Lupi e Félix Mendonça Jr., respectivamente, para definir o futuro partidário do secretário de Saúde do município, Leo Prates (DEM). Cotado como uma possibilidade para disputar a prefeitura de Salvador ou ser candidato a vice na chapa de Bruno Reis (DEM), o democrata depende apenas do aval de Neto para trocar o DEM pela legenda brizolista.

Diante da demora, o PDT se adiantou e formalizou, na última segunda-feira (14), as pré-candidaturas de Vovô do Ilê e do próprio Félix ao Palácio Thomé de Souza. Leo Prates não foi visto na ocasião.

Apesar disso, a expectativa para a filiação do secretário se mantém. Em agosto, Félix Mendonça Jr. elogiou Leo e disse que ele seria bem-vindo, desde que fosse para ser candidato a prefeito. “É um nome amigo, tranquilo, ele tem que vir para ser candidato a prefeito. Não a vice”, disse.

Em recente entrevista à Tribuna, Félix comentou o movimento em defesa de uma possível candidatura negra em Salvador. “Acho que tem que ter uma pessoa competente. Se for negro, branco, amarelo, vermelho, a cor de uma pessoa não o qualifica ou desqualifica. A raça nem qualifica nem desqualifica. O que vai qualificar é sua capacidade técnica, moral. Temos negros e negras muito capazes. E temos brancos também. Não vejo uma disputa de raça. Tem que ser uma pessoa capaz de governar para Salvador. Não vai governar para uma cor, para um bairro, para uma comunidade. Vai governar para todos os habitantes da cidade”, declarou, na ocasião. “Vamos ver, analisar e decidir quem é o candidato do partido. Uma candidatura em Salvador é discutida no município e até com o PDT nacional. Isso está no nosso estatuto partidário. Vamos discutir muito ainda”.

Félix Mendonça Júnior, faz projeções ambiciosas para a agremiação em 2020. O partido, aliás, é o assunto da semana no meio político. O deputado federal assegura que a sigla não abre mão de lançar candidato próprio em Salvador e quer nomes em pelo menos 50% dos municípios baianos. Atualmente, eles detêm cerca de 20 prefeituras no Estado.

“Nós queremos lançar candidatos em mais de 50% dos municípios da Bahia. Agora, a eleição depende da população. Queremos apresentar bons nomes, pessoas qualificadas, que queiram dirigir a cidade, que tenham vontade de fazer uma boa gestão. Pessoas que tenham uma boa reputação. Também queremos pessoas que pensem que a educação”, destaca.

Por Guilherme Reis/ Tribuna da Bahia