Aconteceu nesta terça-feira (13), no município de Castro Alves, localizado no recôncavo baiano, uma Audiência Pública de iniciativa do Ministério Público Estadual (MP-BA) que tratou sobre a salga da carne de sol feito por açougueiros e comerciantes do município e região. O principal objetivo desta Audiência Pública, que contou com a participação da promotora Dra. Telma Leal, do prefeito Thiancle Araújo, do gerente da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) Luiz Geraldo, de representantes da Vigilância Sanitária (VISA) de Castro Alves, comerciantes e açougueiros, é regulamentar como é feito a salga da carne de sol, para diminuir a contaminação da carne feita na maioria das vezes em local apropriado e de forma incorreta. A próxima Audiência acontece no dia 17 de setembro onde deve ocorrer uma assinatura de um termo de ajuste de conduta no intuito dos comerciantes de adaptarem aos padrões que a Vigilância Sanitária e A ADAB indicar. Outro assunto que também não ficou de fora do encontro de hoje foi sobre o abate de carne clandestina que gera prejuízos a saúde pública e compromete o meio ambiente. A equipe do Portal Infosaj/TV Recôncavo conversou com Luiz Geraldo da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia que participou da Audiência do MP.

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“O que queremos na verdade é que essa carne bovina saia de um frigorífico”, diz Geraldo Luiz da ADAB

Representante da ADAB participou de Audiência Pública do MP que tratou sobre a comercialização da carne de sol em Castro Alves

Posted by Infosaj Tvrecôncavo on Tuesday, August 13, 2019

“Eu tenho dito ultimamente que estamos tentando subir uma escada rolante, mas ela descendo. Nesse particular com a carne, estamos trabalhando há mais de quinze anos. Quando a gente observa, é que a coisa está voltando à estaca zero. Porque? Nós não estamos sendo incompetentes. As pessoas também não estão ajudando, enfim, uma série de fatores que a gente aqui não vai elencar todos eles. As pessoas precisam entender que nós não somos adversários. As pessoas precisam entender que a ADAB não é adversária do comerciante de carne bovina. O que queremos na verdade é que essa carne saia de um frigorífico, seja ele A, B ou C. Que seja de um frigorífico com inspeção. Não é o boi abatido de qualquer jeito no mato, sem nenhum critério de higiene ou o boi abatido até em algumas condições sem nenhum sinal de saúde, pelo contrário, é até aproveitado o cabelo deitado. Tem animais doentes que são até aproveitados para fazer carne do sol. O que viemos discutir aqui hoje foi sobre a carne do sol, que embora devesse ser aproveitado as carnes de animais de ótima qualidade, observamos que em algumas situações são aproveitados animais que estavam doentes. Essa é uma coisa que temos que combater”, disse Luiz.