Oito meses após a morte do artista plástico Manoel Arnaldo dos Santos, conhecido como Nadinho, de 61 anos, durante uma ação policial na cidade de Candeias, região metropolitana de Salvador, as família da vítima aguarda uam solução para o caso. Três policiais envolvidos na operação foram indiciados pela Polícia Civil e denunciados à Justiça pelo MP-BA, pelo crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.

 

Nadinho tinha 61 anos, era casado e pai de quatro filhos. Na noite do dia 21 de abril, ele foi abordado por policiais militares dentro de casa em Candeias.  Eles respondem ao processo em liberdade. Nesta quarta-feira (19), mais uma testemunha foi ouvida pela Justiça, na terceira audiência do caso, ocorrida no Fórum Desembargador Ivan Brandão, em Candeias.

 

Para os familiares, a oitiva da testemunha desta quarta representa uam esperança do caso avançar. “Graças a Deus mais uma testemunha para avançar o caso. Essa testemunha é ocular, é uma testemunha importante, estava no dia do caso. É uma testemunha que vai pesar na sentença, vai atestar o fato. A cidade de Candeias e toda a Bahia acompanha o caso”, disse Manoel Arnaldo dos Santos Neto, filho da vítima segundo informações do G1.

 

“Dói muito. Oito meses sem o meu pai, é muito difícil para gente. Difícil mesmo. E essa época agora, dezembro, quando a gente festeja muito, painho era muito alegre, a gente fazia churrasco, cantava no karaokê, tem sido muito difícil. E esperar oito meses por uma justiça é muito difícil. Se fosse meu pai, ele já estava pagando. Uma farda justifica um crime? É difícil. Fica difícil para gente. Esses policiais mataram meu pai. Ele estava dentro de casa, onde a gente pensa que é a nossa paz. Entraram três policiais e tiraram a vida de meu pai”, disse Maraísa Marinho, filho da vítima.

 

“É a terceira audiência, é um tempo de espera, de renovar a nossa esperança, mas como Maraisa falou, é doloroso demais passar por oito meses sem nenhuma resposta. A gente está esperando respostas porque a gente precisa viver. Parece que painho ainda está ali, no caixão, na sala, esperando pra ser internado. A dor fica mechendo, mas a gente está lutando e vamos até o fim pela justiça”, contou a Marise Marinho, a outra filha de Nadinho.

Nadinho tinha 61 anos, era casado e pai de quatro filhos. Na noite do dia 21 de abril, ele foi abordado por policiais militares dentro de casa, localizada na 2ª Travessa 31 de Março, em Candeias. Segundo relato de familiares da vítima, os policiais chegaram ao local já atirando.

 

Os policiais militares Edvaldo Nunes, Leandro Xavier e Dinalvo dos Santos eram lotados na 10ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), em Candeias. Os três, de acordo com o corregedor-geral, foram afastados das atividades operacionais nas ruas desde a data do crime e continuam prestando serviços administrativos na corporação.