Agência Brasil

Em Piatã, 562 km de Salvador, município mais alto da Bahia, situado na Chapada Diamantina, a mínima prevista para esta terça-feira é de 12 graus celsius (ºC), mas na quinta-feira, 6, a mínima pode chegar a 9ºC de temperatura mínima e 17ºC de máxima, conforme o Instituto Climatempo.

Na semana passada o mínimo registrado por lá foi de 6 ºC para alegria de quem gosta de frio e terror de quem prefere o calor. A onda de frio intenso atinge diversas regiões da Bahia e deve se intensificar nos próximos dias, com nova chegada de massa de ar gelado, vindo das regiões Sul e Sudeste do país.

Outro município entre os mais frios do estado, Vitória da Conquista, 520 km de Salvador, deve marcar hoje 8 ºC de mínima e 17 ºC de máxima, de acordo com tabela da previsão do tempo do Departamento de Meteorologia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

Inverno

No entanto, de acordo com a meteorologista do Inema, Shirley Souza, não ocorre anormalidade com o clima neste sentido, “considerando que estamos no inverno  e nestas regiões os habitantes já convivem com temperaturas mais baixas nesta época do ano”. Ela chamou a atenção para a variação térmica registrada em algumas regiões e pontuou ainda que quanto mais próximo do mar, a variação é menor.

“Na medida que avançamos pelo continente a amplitude térmica vai se acentuando”, disse, exemplificando que em Salvador a variação média do mês de julho entre mínima e máxima é de 4,8ºC, com base em dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Na região Oeste, no outro extremo da Bahia, a variação média é 19 ºC em Santa Rita de Cassia e de 17,5 ºC em Barreiras, onde a previsão para hoje é mínima de 14 ºC e máxima de 33 ºC, enquanto que em Côcos, também no Oeste, a mínima prevista é de 11 ºC e máxima de 29 ºC.

Na região, além da amplitude térmica, a população enfrenta o período de seca com baixa umidade do ar. Hoje a previsão para Barreiras é que a umidade mínima chegue a 24% e em Côcos em 26%. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a umidade relativa do ar entre 20% e 30% já exige atenção por parte da população.

“É difícil conviver com a diferença de temperatura e clima seco. Embora já esteja acostumada, porque todo ano é assim. Inclusive ainda vai piorar muito a umidade do ar nos próximos meses, entre agosto e setembro”, afirmou a administradora, Ana Portilla.

Ela destacou que pela manhã “preciso empacotar as crianças com agasalhos para irem na escola. Meio dia já está o maior calor e no final da tarde já começa esfriar de novo. Sem contar que no período mais quente a umidade fica muito baixa, ressecando a pele e as mucosas, que chegam a sangrar, se não cuidamos direito”, enfatizou.

A previsão é que nos próximos dias da semana o frio pode ficar mais intenso nas localidades que tem maior altitude, segundo os institutos que atuam na área. Mas a onda deve perder intensidade novamente a partir do final de semana. A Tarde