Foto: Alan Oliveira/G1

O major Ramon Diego, que coordenou o trabalho do Corpo de Bombeiros durante o resgate a vítimas no acidente com um ônibus que despencou de uma ribanceira, em Salvador, relatou que se ouviam estalos na estrutura do coletivo durante o atendimento no local, e que havia o risco de um novo tombamento.

Ao menos 27 pessoas ficaram feridas. Para evitar que a situação se agravasse, os bombeiros estabilizaram o ônibus, ainda tombado na pista, com uma viatura da corporação, pois o veículo balançava muito com a movimentação dos socorristas.

“Avaliando o risco desse ônibus ser projetado para a via, a única forma segura de estabilizar aquela carga foi colocar a viatura no fundo [do ônibus], porque o manejo para remover as vítimas que estavam embaixo dos escombros e as vítimas que estavam em ordem final de saída, começou a oscilar o peso e a estrutura [do ônibus] começou a correr, em virtude até dos fluidos que estão na pista. Então, a gente utilizou a própria viatura para fazer o anteparo para esse veículo não tombar pra via”, explicou o major Ramon Diego.

“O ônibus caiu em uma parte escorregadia e inclinada. Entramos no coletivo para retirar as vítimas e quando estávamos lá dentro, a gente ouvia os estalos. A gente tinha que correr para que o ônibus não tivesse um novo tombamento. Nossa preocupação era ele virar com as vítimas e a equipe lá dentro, mas conseguimos retirar todos com vida”, completou o major.

Ainda não há detalhes do que provocou o acidente. O caso foi registrado no posto da Polícia Civil no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde parte das vítimas foi levada. A ocorrência será encaminhada para a 11ª Delegacia, no bairro de Tancredo Neves, que expedirá as guias de perícia.

Laudos periciais são produzidos pelo DPT e levam, em média, 30 dias para ficarem prontos. O ônibus envolvido no acidente foi encaminhado para o pátio da empresa. O acidente aconteceu na noite desta última quinta-feira (13), quando o ônibus caiu de uma ribanceira, de uma altura de 10 metros, e tombou na região do Acesso Norte. G1