Foto: Guilherme Mazui, G1

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou neste último domingo (7), que mapeamento do Palácio do Planalto aponta que a proposta de reforma da Previdência deve ser aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara com cerca de 330 votos.

Para ser aprovada pelos deputados, a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Previdência precisa obter, no mínimo, 308 votos, em dois turnos de votação, número correspondente a 60% dos 513 parlamentares da Casa. A estimativa divulgada pelo chefe da Casa Civil prevê uma margem de segurança para que o texto passe para o segundo turno.

Onyx foi na manhã deste domingo à residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para alinhar a estratégia para colocar a PEC em votação nesta semana. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), e o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, também participaram da reunião.

A expectativa do governo e de Maia é de que o parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) aprovado na última semana pela comissão especial comece a ser analisado pelos deputados a partir de terça (9).

No sábado (6), depois de conversar com líderes do Centrão na residência oficial, o presidente da Câmara demonstrou otimismo de que a PEC será aprovada com “boa margem” de votos, mas preferiu não projetar um placar para a votação da reforma no plenário.

“A gente tem um cálculo assim, vamos dizer, realista, com pé bem no chão, e a gente caminha para ter algo em torno de 330 [votos], que poderá ser até mais do que isso. É uma margem que a gente acredita ser possível”, declarou o chefe da Casa Civil a jornalistas ao deixar a casa de Rodrigo Maia no final da manhã deste domingo.

O ministro da Casa Civil relatou que, na reunião deste domingo, eles trataram dos procedimentos da votação da PEC em primeiro turno. É possível que essa seja a última atuação de Onyx como articulador político de Bolsonaro.

Após sofrer uma série de derrotas no Legislativo nos primeiros seis meses de governo, o presidente da República decidiu tirar a interlocução com o parlamento do rol de atribuições do ministro da Casa Civil. Na última semana, a articulação política saiu das mãos de Onyx e passou para o gabinete do novo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, um general do Exército que é amigo de Bolsonaro.

Em seu primeiro ato como articulador político do Planalto, Ramos compareceu neste sábado à residência oficial de Maia para participar da reunião com líderes partidários da Câmara. G1