Agência Senado

O senador baiano Otto Alencar (PSD), integrante da CPI da Pandemia, disse esperar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tome “providência jurídica severa” contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após a apresentação do relatório final da comissão, que deve ocorrer no dia 20 deste mês.

Em entrevista à revista Carta Capital, Alencar afirmou que o documento, produzido pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), conterá “provas irrefutáveis” de crimes cometidos pelo ex-capitão.

“É quase impossível que a Procuradoria-Geral da República não tome uma providência jurídica severa contra uma ação ineficaz e irresponsável dessa natureza, sobretudo patrocinada pelo presidente da República”, disse o senador.

Otto Alencar ainda afirmou que, caso a PGR não tome nenhuma providência, a CPI avalia levar o relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), à Câmara dos Deputados e ao Tribunal Internacional de Haia.

Na avaliação do senador baiano, já existe condições para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), autorize a abertura do processo de impeachment contra Bolsonaro. Segundo ele, há indícios suficientes de cometimento de crime de  irresponsabilidade, o que já possibilita a análise da admissibilidade da matéria pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. (BNews)