O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) constatou que o Padre Robson e a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), criada e até então presidida por ele, usavam de “laranjas” e empresas de fachadas para desviar recursos oriundos de doações de fiéis e lavar dinheiro da entidade. O esquema foi alvo da Operação Vendilhões, deflagrada na última sexta-feira (21).

Conforme a investigação, Padre Robson, pediu afastamento das funções, “criou várias associações com nome de fantasia Afipe ou similar, com a mesma finalidade, endereço e nome, e que, por meio de alterações estatutárias, gradativamente, assumiu o poder absoluto sobre todo o patrimônio das Afipes”.

Em um vídeo gravado em sua rede social, o padre Robson disse que não houve qualquer irregularidade e se afastou das funções da associação para colaborar com as investigações do Ministério Público. Narra o MP que apenas uma das Afipes – todas são presididas pelo padre – possui 14 filiais, sendo, entre elas, uma produtora, uma rádio, um hotel e várias propriedades rurais.

Muitas delas foram alvo dos 16 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Na decisão que autorizou a operação, assinada pela juíza Placidina Pires, o MP narra uma série de depósitos, pagamentos e negociações da Afipe com empresas de comunicação, postos de combustíveis e pessoas físicas, como o vice-prefeito de Trindade, Gleysson Cabriny de Almeida (PSDB). G1