O aumento no preço da energia elétrica resultará em uma queda de R$ 8,2 milhões no Produto interno Bruto (PIB) brasileiro, neste ano, em comparação ao que ocorreria sem a crise hídrica. Para 2022, a previsão é de perda de R$ 14,2 bilhões. A informação foi divulgada pelo estudo “Impacto econômico do aumento no preço da energia elétrica”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), publicado na quarta-feira (2).

Conforme apontado, o consumo das famílias será reduzido em R$ 7 bilhões, as exportações terão perdas que somam R$ 2,9 bilhões e cerca de 166 mil postos de trabalho serão impactados. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressalta que a crise hídrica é provocada pelo baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o que limita a produção de energia mais barata e obriga o uso das termoelétricas, que são mais caras.

“O alto custo dos impostos e dos encargos setoriais e os erros regulatórios tornaram a energia elétrica paga pela indústria uma das mais caras do mundo, o que nos preocupa muito, pois a energia elétrica é um dos principais insumos da indústria brasileira. Essa elevação do custo de geração de energia é repassada aos consumidores, com impactos bastante negativos sobre a economia”, diz Robson Braga de Andrade.