EC Bahia

O Bahia empatou em 0 a 0 com o Corinthians, na noite deste sábado, e completou sete jogos sem vencer. Na Arena Fonte Nova, o Tricolor produziu mais que o adversário, porém não conseguiu traduzir em gols e segue em situação delicada no Campeonato Brasileiro. Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Renato Paiva destacou que o Bahia fez grande jogo diante do Corinthians.

– Acho que fizemos um grande jogo, primeiro tempo foi brutal da nossa parte. Corinthians é uma boa equipe, mas praticamente não tiveram bola e, assim que tinham, perdiam. A equipe bem posicionada após uma boa semana de trabalho. Discordo um pouco de sua análise porque tivemos outros momentos positivos no Brasileiro. Depois, não só na finalização, mas no último passe. É um detalhe, de fato, jogo que tivemos várias finalizações, adversários poucas ou nenhumas. Gol [do Corinthians, anulado] é acerto defensivo da nossa parte, impedimento, treinamos isso. Não posso dizer mais nada a não ser valorizar o trabalho dos jogadores e continuar nesta linha, defender melhor, mais juntos e mais à frente. É um passo que queríamos dar, mas, às vezes, uma linha subia, outra não subia, tínhamos pouco tempo de trabalho ao longo da semana. Outra vez fica a pena de não somarmos três pontos – pontuou. Paiva também destacou o lateral-direito Gilberto, estreante da noite. O jogador foi bem na partida, mas cansou na reta final até ser substituído.

– Não me surpreende, conheço do Benfica muito bem. Estava na equipe B quando ele chegou, fizemos alguns jogos da equipe B com a principal. Agora é mantê-lo em forma desportiva e física. Desportiva já deu demonstração do que pode fazer, mas dentro das limitações físicas, fez um esforço enorme, estava parado há muito tempo. Primeira semana quase não se treinou, mas uma semana de treino forte, que foi esta. Entrega extraordinária, deixa tudo em campo. Qualidade que tem, ofensivamente e defensivamente. Fez muitos gols no Benfica como lateral e é isso que quero. Paiva ainda avaliou os protestos dos torcedores, que pediram a sua saída do clube antes e após a partida desta noite.

– A torcida é soberana, todas as torcidas são. Já disse várias vezes, eu tive uma reunião com a Bamor [torcida organizada do Bahia], com a torcida, no CT, é público, eles falaram sobre algumas falas minhas, uma delas foi dizer que quem manda é o City, e parece que desvalorizei a torcida. Eu falei na mesma entrevista que a torcida sempre terá direito a opinião. Eu disse que quem é avalia meu trabalho é o Grupo City porque estão no dia a dia, meus treinos, como trabalho com os jogadores. Isto não implica que a torcida não tem direito a falar sobre meu trabalho. Em todas as coletivas, ou em 95%, eu valorizei a torcida, e desafiei as pessoas da Bamor a trazer um vídeo onde eu fale mal da torcida. Não há. Eu pedi que não vaiem os jogadores durante os jogos, isso não ajuda. Podem vir para cima de mim, peçam a minha saída, mas concentrem a parte negativa em mim e não xinguem os jogadores. O que a torcida faz aqui, o Pepa, meu amigo do Cruzeiro, disse que isto é impressionante. Isso que eu quero.

“O Grupo City avalia meu trabalho porque é meu patrão, mas a torcida tem direito a opinião. Só não aceito insultos, mas faz parte. A sociedade está assim hoje em dia, mas nunca faltei com respeito à torcida do Bahia”. O técnico Renato Paiva volta a ter a semana livre para trabalhar no Bahia. O time só volta a campo no próximo domingo, às 11h (horário de Brasília), para pegar o São Paulo, no Morumbi.  Globoesporte