Para não ser rastreado pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, o ex-capitão e miliciano Adriano da Nóbrega tinha táticas para conversar por aplicativos de mensagens. Ele falava por códigos, sem revelar nome de ninguém, muito menos a localização. Depois, os aparelhos e chips eram trocados e assim, essa ação era repetida diversas vezes.

Nóbrega conversava, basicamente, apenas com a esposa, Júlia Lotufo, que está negociando há alguns dias uma delação premiada para se livrar dos processos por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Além disso, ela pretende sair do país pois estaria sendo ameaçada.

A técnica ‘ponto a ponto’ era usada pelo miliciano, que consistia em usar vários aparelhos telefônicos diferentes para falar com cada pessoa. Em contrapartida, quem quisesse entrar em contato com Adriano, também teria de ter um telefone exclusivo para isso.

Ao todo, no dia da morte do ex-militar, foram encontrados 15 celulares e sete chips, sendo alguns desses sem cadastro ainda. Peritos tentaram rastrear as mensagens, mas foram apagadas pelo miliciano.

Algumas mensagens que foram recuperadas, da Nóbrega se preocupava com a segurança dele. Uma delas foi a conversa com o policial Rodrigo Bittencourt, chamado de ‘RD’, onde Adriano pedia para o PM pegar um ‘ponto a ponto’ com a mãe da esposa para monitorar a chegada de Júlia ao Rio após passar alguns dias na ‘Fazenda 01’, na Bahia, de acordo com o site Extra.