Na tentativa de evitar rumores sobre o seu estado de saúde, o presidente Michel Temer convocou a imprensa fotográfica nesta quinta-feira (4) para registrar a caminhada dele no Palácio do Jaburu. Os veículos de imprensa foram informados no dia anterior que ele andaria pelos jardins da residência oficial por volta das 9h.

 

Temer disse que chegaria próximo à grade onde costumam ficar os repórteres fotográficos. O presidente acabou fazendo a caminhada pouco antes das 8h30. Em rápida fala com a imprensa, disse que está “ótimo” e “recuperadíssimo”. Ele também disse que ainda não definiu quem será o substituto de Marcos Pereira no Ministério de Indústria e Comércio.

 

Nesta última terça-feira (02), mesmo dia em que estendeu seu repouso médico no Palácio do Jaburu, o presidente fez questão de se deixar fotografar de blusão esportivo na entrada da residência oficial. O esforço é para mostrar que ele se recuperou de infecção urinária, diagnosticada na semana passada e que o obrigou a retirar sonda urinária que carregava há três semanas segundo informações do jornal Folha de S. Paulo

 

O presidente ainda toma remédios para controlar a infecção e continua a seguir recomendação médica para diminuir o ritmo da agenda oficial e priorizar o Palácio do Jaburu para despachos e reuniões. Nesta sexta-feira (5), ele deve viajar a São Paulo para uma nova bateria de exames no Hospital Sírio-Libanês. Sem a sonda urinária, o presidente terá de manter sessões semanais para a dilatação da uretra.

 

Aos 77 anos, Temer é o mais velho presidente da história do Brasil. Ele sofreu três intervenções médicas nos últimos meses: para conter um sangramento na próstata, colocar um stent em artérias coronárias e desobstruir a uretra. Não é a primeira vez que o presidente convoca a imprensa para fotografá-lo.

 

Em uma tentativa de suavizar sua imagem pública, ele avisou os veículos de imprensa que buscaria seu filho caçula, Michel Temer Filho, no primeiro dia de aula dele em Brasília. A presença da imprensa em frente ao colégio incomodou pais de outros alunos. “Por que vocês não vão atrás dos corruptos? É apenas uma criança”, reclamou uma mãe.