Rovena Rosa/Arquivo/Agência Brasil

Como a atriz Regina Duarte e a primeira-dama Michelle Bolsonaro trabalham juntas no programa Pátria Voluntária, integrantes do governo acreditam que a indicação da atriz para assumir a Secretaria da Cultura teve a interferência da esposa do presidente. A global pediu para dar uma resposta ao governo até este final de semana.

Mas, segundo informações do blog Painel, da Folha de S. Paulo, caso ela não aceite, o Palácio do Planalto já possui outro nome no radar. A escolha pode ser por um pastor, cuja identidade não foi divulgada.

SAÍDA DE ALVIM

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convidou Regina para assumir o posto, que atualmente está subordinado ao Ministério do Turismo, após se ver obrigado a exonerar o dramaturgo Roberto Alvim.

Nessa sexta-feira (17), Alvim entrou na mira até de aliados de Bolsonaro por ter parafraseado um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista. Isso foi registrado em um vídeo feito por ele para divulgar o Prêmio Nacional das Artes. 

Além das evidentes semelhanças no texto, Alvim usou como pano de fundo um cenário similar e ainda uma música dramática do maestro e compositor alemão Richard Wagner, autor do panfleto antissemita “O judaísmo na Música” e admirado por Adolf Hitler. O resultado foi autoridades públicas, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vindo a público ressaltar a necessidade da demissão do dramaturgo, que colocou o cargo à disposição e depois foi exonerado.