Com dificuldade de conseguir um vice para o candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) na classe política, a articulação governista passou a trabalhar com a ideia de indicar para a vaga um quadro do mundo empresarial baiano.

A avaliação é de que, assim, suavizaria a ideia de radicalismo que a opção por Jerônimo suscitou e ainda daria uma resposta aos aliados tradicionais, que não se dispuseram a colocar seus melhores quadros como alternativa para a vaga.

O PT quer estar com pelo menos o nome do vice de Jerônimo definido até o dia 31, quando está programada uma visita do ex-presidente Lula a Salvador, inicialmente com o objetivo de apresentar a chapa completa à sociedade.

Ainda faltaria definir, no entanto, os nomes do candidato a senador e do seu suplente. A articulação governista também entabula conversas com o MDB, que o senador Jaques Wagner (PT) disse que poderia indicar a vice do petista.

A declaração de Wagner causou tanto impacto entre os aliados do petismo que muitos passaram a suspeitar que ele visava preparar o terreno para a escolha do ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, quadro mais destacado hoje do MDB baiano.

Trata-se do único partido da base do candidato do DEM, ACM Neto, com quem o PT firmou conversas sistemáticas sobre a possibilidade de migração para o campo governista depois que o PP abandonou o governo e aderiu ao democrata.

À espera de que o jogo no campo do governo se defina para finalizar a montagem da própria chapa, Neto tem sido aconselhado a só anunciá-la depois do próximo dia 2 de abril. Política Livre