EC Bahia

Depois de um longo tempo “sumido”, o meia Marco Antônio vem reconquistando o espaço dele no Bahia. Sem jogar desde janeiro, ele reapareceu em outubro, quando entrou no segundo tempo do jogo contra o Grêmio e sofreu o pênalti convertido por Arthur Caíke e que deu a vitória ao Esquadrão. Na rodada seguinte, contra o Ceará, ele ganhou mais minutos, entrou no intervalo e foi responsável pela assistência para o gol de Artur Victor.

O bom desempenho o faz ser cotado até para iniciar o próximo jogo do time, contra o Internacional. A história de Marco Antônio tem suas semelhanças com o volante Flávio. Titular absoluto do Tricolor e a um jogo de completar 70 partidas pelo clube, o volante teve um começo de trajetória difícil e teve de suar muito até ganhar seu espaço. Por coincidência ou não, a dupla divide a concentração e troca conselhos no Bahia.

– Muito feliz. Não é qualquer jogador que consegue ter 70 jogos pelo Bahia. Clube gigante. Batalhei bastante para estar aqui. Sempre me dediquei diariamente nos treinamentos para que hoje fosse titular. Espero continuar assim por muito tempo – disse o volante.

“Marco Antônio, sou suspeito para falar. É meu companheiro de concentração. Eu via a aflição dele, às vezes não jogava, mas sempre estava treinando bem. Eu falava: “Você me tem como exemplo”, porque eu vinha jogando pouco, mas não deixei de treinar, sempre estava focado. Passo sempre para ele, para que ele continue fazendo o trabalho dele, que a gente sabe que é um grande jogador, que não tenho dúvida de que, quando ele tiver oportunidade… Como vem tendo, tem entrado muito bem nos jogos. Ele vai corresponder à altura e vai nos ajudar a conseguir nossos objetivos no ano” – disse Flávio em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira.

Um dos lugares que Marco Antônio pode ganhar no Bahia é o do meia Guerra, que ainda não deslanchou no time. Questionado sobre as críticas recebidas pelo venezuelano, Flávio defendeu Guerra e garantiu que o grupo confia no jogador.

– Guerra é um cara que tem a confiança total do grupo, do professor. Não só ele, como todos que vêm entrando e até quem não vem jogando sabe que quando tiver oportunidade o professor vai colocar para jogar. Acho que é em virtude de o resultado não vir acontecendo. Acho que tem pesado nas costas dele, mas, quando ganha, ganha todos; quando perde, perde todos. Grande jogador, do grupo, e a gente conta com ele sempre.

Com Guerra ou Marco Antônio, o Bahia encara o Internacional no próximo sábado com a obrigação de fazer uma boa partida e encerrar um jejum de três jogos sem vencer em casa no Campeonato Brasileiro. Para Flávio, o retrospecto recente não pode ser um peso a mais para o time.

– Tem que entrar sabendo da força do grupo. A gente sabe que tem que voltar a vencer em casa. Mas se trouxermos isso como força negativa, só vai nos atrapalhar. Não tenho dúvida que o pessoal vai nos apoiar, encher a Fonte, o torcedor sabe a força que tem junto com o time dentro de campo. Trabalhar durante a semana para voltar a vencer bem confronto direto, jogo de seis pontos, para que a gente possa dar um salto na tabela. Globoesporte